Os paperwhites já estão bem encaminhados. Mais umas semanas pra botar floração.
Já o liquidambar achou que já era hora de brotar na onda de calor em julho e agora tá assim já.
puntas
Continuando então o relato da viagem pelo Uruguai de bike!
Dia 8: do pedágio até Punta Ballena, 90km
A noite do pedágio foi muito, muito fria, não pela temperatura, mas pela umidade. Durante a noite parecia que chovia dentro da barraca, e a minha, não tendo teto duplo, execrava água de todos pontos de costura. Mas bem, sobrevivemos sem hipotermia, o sol e o vento nos ajudaram, e partimos com os pés gelados para a estrada.
Depois de uns 5km, já aquecidos, pausa para trocar radicalmente de roupa: de casaco e manta para bermuda e camiseta curta.
Chegamos em Punta del Este depois de pegar uma leve chuva no caminho, a primeira da viagem. O vento era de matar, mas era mais lateral do que contra. Logo na chegada, famintos, comemos uma pizza nada boa. Conhecemos a cidade, a tal da mão que sai da areia (mais ninguém na praia, é claro). Um momento, chega um taxi ao lado da mão, o casal de brasileiros sai correndo para a mão, tira uma foto, e volta pro taxi.
Vento e mar marrom, não a Punta que eu esperava
Já com fome novamente, depois de vagar pelas belas e ricas ruas de Punta del Este, paramos no tal do Burger King pra encher a barriga, abdicando do risco de pedir uma pizza igualmente ruim num outro restaurante. Zeros à esquerda no futebol, eu e Paaschen nos deparamos com uma grande plateia no Burger, todos assistindo ao primeiro jogo do Uruguai na Copa do Mundo. Tinha até a galera de uma rádio fazendo a narração.
Barriga cheia novamente, rumamos para Punta Ballena. Prevendo um belíssimo por-do-sol no mar, fomos até a Punta mesmo, sem se preocupar com lugar para dormir. Afinal, estávamos de volta à civilização.
E o sol caindo atrás da Casapueblo foi realmente espetacular.
Durante a noite, achar o camping aberto de Punta Ballena não foi muito fácil, mas graças a um bom senso geográfico deu tudo certo. Dormimos numa cabana no camping e jantamos coisas que compramos num mercadinho.
Bom e merecido descanso, pra compensar a noite gélida que tinha sido a passada!
Dia 8: do pedágio até Punta Ballena, 90km
A noite do pedágio foi muito, muito fria, não pela temperatura, mas pela umidade. Durante a noite parecia que chovia dentro da barraca, e a minha, não tendo teto duplo, execrava água de todos pontos de costura. Mas bem, sobrevivemos sem hipotermia, o sol e o vento nos ajudaram, e partimos com os pés gelados para a estrada.
Agora sabe-se porquê o doce de leite uruguaio é bom:
Depois de uns 5km, já aquecidos, pausa para trocar radicalmente de roupa: de casaco e manta para bermuda e camiseta curta.
Chegamos em Punta del Este depois de pegar uma leve chuva no caminho, a primeira da viagem. O vento era de matar, mas era mais lateral do que contra. Logo na chegada, famintos, comemos uma pizza nada boa. Conhecemos a cidade, a tal da mão que sai da areia (mais ninguém na praia, é claro). Um momento, chega um taxi ao lado da mão, o casal de brasileiros sai correndo para a mão, tira uma foto, e volta pro taxi.
Vento e mar marrom, não a Punta que eu esperava
Já com fome novamente, depois de vagar pelas belas e ricas ruas de Punta del Este, paramos no tal do Burger King pra encher a barriga, abdicando do risco de pedir uma pizza igualmente ruim num outro restaurante. Zeros à esquerda no futebol, eu e Paaschen nos deparamos com uma grande plateia no Burger, todos assistindo ao primeiro jogo do Uruguai na Copa do Mundo. Tinha até a galera de uma rádio fazendo a narração.
Barriga cheia novamente, rumamos para Punta Ballena. Prevendo um belíssimo por-do-sol no mar, fomos até a Punta mesmo, sem se preocupar com lugar para dormir. Afinal, estávamos de volta à civilização.
E o sol caindo atrás da Casapueblo foi realmente espetacular.
Durante a noite, achar o camping aberto de Punta Ballena não foi muito fácil, mas graças a um bom senso geográfico deu tudo certo. Dormimos numa cabana no camping e jantamos coisas que compramos num mercadinho.
Bom e merecido descanso, pra compensar a noite gélida que tinha sido a passada!
zebra safety matches
Chegou meu primeiro polarizador, que também é meu primeiro acessório para a lente da câmera, uma Nikon D40 de 2 anos de idade, com a lente Nikkor 18-55mm e 3.5 de abertura máxima, e muitos quilômetros rodados.
Fui logo testar na embalagem de fósforos muito legal que comprei no mercadinho da esquina. Os Zebra Safety Matches são feitos, pasmem, na África do Sul. E garanto que são muito bons. Mal encosta que já liga. Vou aposentar isqueiros nos próximos acampamentos.
Grande globalização, matando o Fiat Lux e trazendo esse objeto de desejo de design de pobre.
Fui logo testar na embalagem de fósforos muito legal que comprei no mercadinho da esquina. Os Zebra Safety Matches são feitos, pasmem, na África do Sul. E garanto que são muito bons. Mal encosta que já liga. Vou aposentar isqueiros nos próximos acampamentos.
Grande globalização, matando o Fiat Lux e trazendo esse objeto de desejo de design de pobre.
Abaixo, foto com o polarizador em posição "não polarizada":
E com polarizador bloqueando o máximo de luz, tirando o reflexo e deixando os objetos bem mais visíveis (mesmos valores de abertura e exposição usados):
o dia do pedágio
Dia 7: de Cabo Polônio até um pedágio no caminho entre Rocha e Punta del Este. Rodados 108km.
O dia rendeu bastante. Começou com um amanhecer bonito e preguiçoso, um café da manhã com pão saindo do forno, um arco-íris de despedida de Cabo Polônio. Com o tal caminhão, voltamos pra estrada, e logo nos pusemos no em ação no asfalto.
A estrada estava muito desértica. Passava minutos, quase até uma hora, sem que cruzássemos com um carro. Nada a não ser vacas pastando pela paisagem, e às vezes uma visão de longe do mar azul. O primeiro dia de vento a favor na viagem nos ajudou a avançar rápido.
Entramos em La Pedrera, onde almoçamos o resto da janta do dia anterior.
Seguimos até La Paloma, praia um pouco mais movimentada. Não curtimos muito o local (a não ser a âncora do lado do farol), então decidimos continuar caminho e aproveitar a temperatura agradável e a ausência de vento. Compramos comida para a janta e café, já planejando dormir no meio do nada mesmo. Para nossa surpresa, não tinha como seguir pelo litoral: nosso mapa mostrava uma travessia por uma laguna (Laguna de Rocha), que na verdade não existe. Assim tivemos que retornar até Rocha.
Paaschen no farol da Paloma:
Mais um momento de decisão: dormir em Rocha, onde chegamos ao anoitecer, ou continuar? Pra chegar mais cedo em Punta del Este no dia seguinte, continuamos noite adentro, com o objetivo de chegar no pedágio, onde teríamos água.
E assim fomos, embalados por música, até o pedágio, onde acampamos. Essa seria a noite mais fria da viagem, local com uma umidade imensa. Até pensei que teria geada ao amanhecer.
Pausa para montar as luzes e comer um chocolate:
Resumo do dia:
O dia rendeu bastante. Começou com um amanhecer bonito e preguiçoso, um café da manhã com pão saindo do forno, um arco-íris de despedida de Cabo Polônio. Com o tal caminhão, voltamos pra estrada, e logo nos pusemos no em ação no asfalto.
A estrada estava muito desértica. Passava minutos, quase até uma hora, sem que cruzássemos com um carro. Nada a não ser vacas pastando pela paisagem, e às vezes uma visão de longe do mar azul. O primeiro dia de vento a favor na viagem nos ajudou a avançar rápido.
Entramos em La Pedrera, onde almoçamos o resto da janta do dia anterior.
Seguimos até La Paloma, praia um pouco mais movimentada. Não curtimos muito o local (a não ser a âncora do lado do farol), então decidimos continuar caminho e aproveitar a temperatura agradável e a ausência de vento. Compramos comida para a janta e café, já planejando dormir no meio do nada mesmo. Para nossa surpresa, não tinha como seguir pelo litoral: nosso mapa mostrava uma travessia por uma laguna (Laguna de Rocha), que na verdade não existe. Assim tivemos que retornar até Rocha.
Paaschen no farol da Paloma:
Mais um momento de decisão: dormir em Rocha, onde chegamos ao anoitecer, ou continuar? Pra chegar mais cedo em Punta del Este no dia seguinte, continuamos noite adentro, com o objetivo de chegar no pedágio, onde teríamos água.
E assim fomos, embalados por música, até o pedágio, onde acampamos. Essa seria a noite mais fria da viagem, local com uma umidade imensa. Até pensei que teria geada ao amanhecer.
Pausa para montar as luzes e comer um chocolate:
Resumo do dia:
little world of bonsai
Entusiasta de bonsai desde os 10 anos de idade (acho que é isso... nem lembro mais), eu nessa semana dei um passo importante, resultado de muita paciência ao longo dos últimos anos. Afinal, bonsai é sinônimo de paciência.
Fiz uma estante nova para colocar minhas mudas mais apresentáveis; a maioria ainda não é de bonsais formados, mas já levam jeito.
À apresentação de alguns integrantes:
Resedá, Lagerstroemia indica. Coletado há 6 anos, deve ter mais de 10 de idade. Está sem folhas agora devido ao inverno. Gosto muito dele nesse estado desfolhado. Quero ver se ele floresce esse ano, mas acho difícil, porque ainda estou trabalhando na ramificação. Assim, corto demasiado as pontas e não chega a florescer.
Olmo chinês, Ulmus parvifolia. Muda comprada em viveiro, 4 anos. Cresceu ferozmente por um ano em solo livre e agora, com o tronco espesso, pretendo criar a copa compacta. A escultura ali atrás em pedra de areia eu fiz na época do colégio, baseado em um quadro de Tarsila do Amaral.
Figueira, Ficus benjamina. Não sei como insiste em continuar viva, de tanto que já mexi nela.
O musgo:
E tem mais, mas não tive tempo de trabalhar ainda as outras coisas. Tenho que esperar os bordos japoneses perderem completamente suas folhas ainda. Dá medo esse calor fora de época, que já fez meu liquidambar brotar no meio do inverno... Acho que vou logo transplantar meus ciprestes-do-pântano antes que desandem a brotar também!
Fiz uma estante nova para colocar minhas mudas mais apresentáveis; a maioria ainda não é de bonsais formados, mas já levam jeito.
À apresentação de alguns integrantes:
Resedá, Lagerstroemia indica. Coletado há 6 anos, deve ter mais de 10 de idade. Está sem folhas agora devido ao inverno. Gosto muito dele nesse estado desfolhado. Quero ver se ele floresce esse ano, mas acho difícil, porque ainda estou trabalhando na ramificação. Assim, corto demasiado as pontas e não chega a florescer.
Olmo chinês, Ulmus parvifolia. Muda comprada em viveiro, 4 anos. Cresceu ferozmente por um ano em solo livre e agora, com o tronco espesso, pretendo criar a copa compacta. A escultura ali atrás em pedra de areia eu fiz na época do colégio, baseado em um quadro de Tarsila do Amaral.
Hera inglesa, Hedera helix. Muda comprada em viveiro, 7 anos.
Figueira, Ficus benjamina. Não sei como insiste em continuar viva, de tanto que já mexi nela.
O musgo:
A suculenta mais micro que eu conheço:
E tem mais, mas não tive tempo de trabalhar ainda as outras coisas. Tenho que esperar os bordos japoneses perderem completamente suas folhas ainda. Dá medo esse calor fora de época, que já fez meu liquidambar brotar no meio do inverno... Acho que vou logo transplantar meus ciprestes-do-pântano antes que desandem a brotar também!
cabo polonio
Dia 6: de Punta del Diablo para Cabo Polônio, 61km
Pra não perder o costume, mais uma vez vimos um nascer do sol no mar bonito da costa azul uruguaia, logo depois do café da manhã com muito doce de leite (e café passado! ah já estava com muitas saudades).
Não andamos muito, mas a estrada estava vazia e com um ventinho contra até a chegada na entrada de Cabo Polônio. Esse vilarejo não tem acesso por estradas regulares e só é acessível por caminhões com tração nas 4 rodas — que te levam por 7km na areia fofa. Também dá pra chegar caminhando, opção descartada com o peso das bicicletas. Como é inverno e o local estava praticamente vazio (só mais um ou dois turistas e os 40 habitantes locais permanentes), o caminhão nos levou com as bicicletas sem problema algum.
No Cabo Polônio não se pode acampar. Também não tem luz elétrica, água corrente nem estradas. As casas estão dispostas "ao acaso" sobre um gramado verde, sem demarcação de terrenos. O local é muito visitado no verão, quando chega a receber 2 mil turistas por dia. Um reduto de hippies. Não é mais permitido qualquer construção no local.
A experiência de ficar em Cabo Polônio no inverno é única. Nos hospedamos em um hostel de frente pro mar, bastante engenhoso, com água quente, catavento e geladeira, e conversamos bastante com o dono e com a única hóspede, uma alemã bem doida. Aliás, todo mundo lá no Cabo parece meio louco.
Caminhamos pelas pedras, vimos os leões-marinhos de perto, pingüins pelo caminho (a maioria mortos), escalei uns boulders de granito cortante sem sapatilha nem magnésio e tomei um banho de mar de inverno.
Já com a certeza de que queria voltar ao Cabo um dia, dormi tranquilo, ao som das ondas do mar.
Pra não perder o costume, mais uma vez vimos um nascer do sol no mar bonito da costa azul uruguaia, logo depois do café da manhã com muito doce de leite (e café passado! ah já estava com muitas saudades).
Não andamos muito, mas a estrada estava vazia e com um ventinho contra até a chegada na entrada de Cabo Polônio. Esse vilarejo não tem acesso por estradas regulares e só é acessível por caminhões com tração nas 4 rodas — que te levam por 7km na areia fofa. Também dá pra chegar caminhando, opção descartada com o peso das bicicletas. Como é inverno e o local estava praticamente vazio (só mais um ou dois turistas e os 40 habitantes locais permanentes), o caminhão nos levou com as bicicletas sem problema algum.
No Cabo Polônio não se pode acampar. Também não tem luz elétrica, água corrente nem estradas. As casas estão dispostas "ao acaso" sobre um gramado verde, sem demarcação de terrenos. O local é muito visitado no verão, quando chega a receber 2 mil turistas por dia. Um reduto de hippies. Não é mais permitido qualquer construção no local.
Mais um cusco amigo
Já pra casa que é pra não pegar gripe, guri!
Caminhamos pelas pedras, vimos os leões-marinhos de perto, pingüins pelo caminho (a maioria mortos), escalei uns boulders de granito cortante sem sapatilha nem magnésio e tomei um banho de mar de inverno.
Já com a certeza de que queria voltar ao Cabo um dia, dormi tranquilo, ao som das ondas do mar.
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