No tempo que passei nas Torres del Paine — o tempo mais sem estresse da minha vida, trabalhando de voluntário nas trilhas do parque com uma organização chamada AMA (Agrupación Medio Ambiental) —, eu tinha como lugar de escapada a Cueva del Puma, uma colina de granito a 5 minutos a pé de onde morava.
O boulder que eu mais fazia. Homenageado com lightdrawing
Não tem agarra!
Escalando sob a luz do luar
Me gusta o granito do local. Não resbala, mas também não tem muitas agarras visíveis, e tem que confiar em reglettes — algo meio difícil quando os dedos estão gelados. Muito equilíbrio é necessário pra ir avançando, colado na parede. O corpo inteiro parece que sai com o cheiro da rocha.
O local foi primeiramente equipado muito antigamente, lá nos anos 60, pelos primeiros desbravadores da escalada nas Torres del Paine. Europeus, na maioria italianos, franceses e austríacos, que se lançavam em expedições pela Patagônia e esperavam dias e dias abaixo da montanha, em um ponto onde se pudesse ver as torres, até que abrisse uma janela de bom tempo. O teto de granito devia ser abrigo natural contra a chuva e o vento, sempre presentes no tempo imprevisível da Patagônia.
Outra hora vem mais posts sobre o parque!
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