impunidade?

Ainda é cedo pra saber o que vai acontecer com o imbecil Ricardo Neis, funcionário do Banco Central.
O cara certamente tem um pouco de grana. Chegou na delegacia e prestou depoimento com dois advogados.
E tem um álibi muito bom:

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Segundo o advogado Luís Fernando Coimbra Albino, Neis alegará legítima defesa dele e de seu filho de 15 anos. O motorista decidiu se apresentar para afirmar que investiu contra os ciclistas após se sentir ameaçado por supostos golpes contra seu Golf preto.
Ao chegar à sede da polícia, o advogado afirmou que, ao se encontrar cercado por bicicletas, Neis tentou "sair para o lado", mas teve os vidros do carona — onde se encontrava o filho — quebrados:
— Para preservar a integridade física dele e do filho, [Neis] tentou sair do local.
Questionado sobre o motivo do abandono do veículo, Albino afirmou que seu cliente estava com medo, pois foi avisado por um parente que estaria sendo perseguido pelos manifestantes. 
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To sentindo uns 2 aninhos de cadeia, no máximo, pra esse covarde.

revolta

Pedalei durante muitos anos para me transportar enquanto morava em Porto Alegre. Por simples razões: morava muito longe da faculdade pra ir a pé. O trajeto levava 25 minutos caminhando, 20 minutos no tempo total de ônibus, e 7 minutos de bicicleta.
Durante esses anos, nunca me senti seguro no trânsito da capital. Ruas estreitas, ausência de pistas exclusivas de ciclistas e, o pior: motoristas impacientes e facões. Muitos motoristas de lotações mandei para aquele lugar quente e húmido (não é a sauna, claro). As lotações, como são excessivamente largas, não permitem a passagem de ciclistas e carros na mesma pista, atrapalhando muito o trânsito em geral na capital gaúcha.
Enfim, com um trânsito piorando a cada dia, e bici ganha mais corajosos adeptos, e a administração pública continua excluindo seu potencial de melhorar a qualidade de vida na cidade ao investir pouquíssimo em ciclovias, priorizando o automóvel.

Hoje, minha revolta fica como apoio ao movimento Massa Crítica depois do absurdo incidente, em que motorista impaciente tenta assassinar uma multidão de ciclistas.
A vida humana tem valor de formiga aí.
Tem algo errado aí.
Custa esperar uns minutos pra dobrar na esquina e evitar a multidão?

back

Boas surpresas:

Consigo caminhar na slackline, depois de um pânico inicial de que nunca conseguiria a façanha. Não é tão complicado quanto à primeira vista parece. Mas certo que o tremor da corda assusta os inexperientes.

E, mudando de assunto, do que restou dos meus bonsais vivos, alguns estão em ótima saúde. O resedá (Lagerstroemia indica) está florecendo pela primeira vez no seu vaso, com uns 8 anos de idade:

Outro em bom estado, a cerejeira do Rio Grande:

O Acer palmatum, que plantei de semente há uns 5 anos, sofreu com o calor e o sol. Removi as folhas mais danificadas e espero que rebrote antes do outono.

Fora isso, estou aguardando algumas sementes coletadas/compradas pela internet brotarem. Entre elas: Abies firma (wiki; momi fir, abeto japonês, abeto momi), o único abeto que vai se adaptar ao calor e humidade dos verões das terras baixas do Rio Grande do Sul; Cupressus arizonica glabra (coletado por mim mesmo); Cupressus cashmeriana (importado da Índia), o cipreste mais bonito, na minha opinião; e Ginkgo biloba (coletado por mim mesmo), que quase desisti de trazer de tão fedidas que são as sementes.

Cupressus cashmeriana
Cupressus cashmeriana, KarlGercens.com, on Flickr

slackline

Comprei um brinquedo novo hoje: uma slackline (wikipedia) da Gibbon, de 15m, e, o melhor, em versão compacta! Pra colocar em qualquer mochila e sair caminhando na corda bamba entre as melhores árvores das redondezas. Não só caminhar, mas quem sabe tentar um "yoga slacklining" (veja artigo no Wall Street Journal).


random

Eu agora estou fazendo umas fotos em "projetos": escolhendo um tipo de pose, clicando por aí e postando no meu portfolio de fotografia, gutafotos.com. Aliás, dei uma melhorada nele, tá perdendo cada vez mais os elementos inúteis. Um minimalismo que curto na internet, mas jamais colocaria numa casa.
Porque uma casa tem de ser aconchegante e, um site, simples. 
Já tem informação demais na tela do computador pra ficar se fresqueando com picuinha de flash e animação pra lá e pra cá.
Enquanto meu ano de 2011 vai se definindo pra cidade das luzes [embora eu prefira complementar como a cidade do metrô fedido e das baguetes nas axilas], terei tempo pra me ocupar com coisas pessoais.
Por exemplo: subir em postes nas madrugadas. E a polícia nem veio me intimar dessa vez! Esse projeto vai continuar, sempre após um espresso.

sleeplessness