timelapse

Ando bem entusiasmado ultimamente para vídeos. Minha próxima aquisição em máquina fotográfica com certeza terá bons recursos para isso, bem como modo de disparos com intervalo (interval shooting mode)...
Por enquanto, me viro com a Pentax de bolso e a Nikon D40.
Da viagem de bike pelo Uruguai, trouxe milhares de fotos para time-lapse, e o resultado está em meros 3 minutos, embalados por Chicane.

llegamos!

Dia 10: de Piriápolis a Montevideo, 110km pedalados.
Depois de alguns dias sem postar, continuo o relato da pernada de bike em junho lá no Uruguai.
Na última noite, a chuva incessante deu lugar ao vento. Acordamos cedo pra entrar logo na estrada e chegar em Montevideo antes que nossa visita chegasse por lá.
Seguimos pela beira do mar por um bom trecho, ao invés de voltar direto de Piriápolis para a Ruta Interbalneária. O trecho é muito bonito, com muitas casas bem abastadas de frente ao mar, sem tráfego algum e num ótimo asfalto. Vimos alguns ciclistas, que nos cumprimentavam com muita alegria.
Voltando à Interbalneária, ainda com pouco movimento, acompanhamos um grande grupo de ciclistas por um pequeno trajeto, mas o ritmo deles (com bikes de velocidade, sem peso e com um carro de apoio técnico) era muito grande.
Seguimos muito bem pela estrada, sem vento, mas frio. Paramos pra comer alfajores e tomar café em um posto de gasolina, e foi à base de café e alfajor que chegamos na zona metropolitana de Montevideo. De longe, o aeroporto, planejado pelo uruguaio Rafael Viñoly, muito bonito, e a sensação de que alguém poderia chegar ali em umas 2 horas para aquilo que fizemos em 10 dias é um pouco intrigante.


Acompanhamos a costa do Prata por mais de 10km ao entrar na cidade de Montevideo. Achar o hotel em que tínhamos reserva não foi fácil. Estranho foi ter alguém carregando a bagagem por ti (um pouco suja, diga-se de passagem) pro quarto depois de tantos dias de acampamento... Baita banho. Saímos pra comer um pancho de chorizo. Bem, o resto de dia foi de passear um pouco na cidade, receber nossa convidada Kátia, namorada do Paaschen, comer uma boa pizza no Pizzas del Mondo, tomar uns vinhos do país, uma cerveja Patrícia red ale, e sacar umas fotitas pelo centro... Bem como gente bem normal faz.

street trees

Sendo bem didático sobre arborização urbana, tudo com fotos:

Pingo de ouro (Duranta repens aurea), ninguém merece. Na minha opinião, a planta mais feia que existe. Em topiaria, cresce tão rápido que dá pra podar a cada 2 dias. Ficaria feliz se uma forte geada num inverno desses matasse todas existentes aqui em terras gaúchas.
Quem é que passa nessa calçada, hein?

Sobre como NÃO podar uma árvore: coitado desse jacarandá (Jacaranda mimosifolia).

Absolutamente NUNCA se poda um tronco desse jeito, cortando os galhos horizontalmente a uma certa altura. Essa pobre árvore fica ali, ano após ano tentando se recuperar de uma poda drástica, a custo de que? Prefiro que a cortem no chão que fazer isso com ela. Essa é a poda mais comumente praticada, e cidades inteiras fazem isso deliberadamente pra que a árvore "venha mais bonita", ou pra evitar "sujeira na calçada" (e ainda acham que estão fazendo certo…). Privando-nos, muitas vezes, do espetáculo da coloração outonal como nesses resedás (Lagerstroemia indica)

ou nesses plátanos (Platanus hybrida).

Árvore bonita é árvore NÃO podada, ou no máximo uma poda pra deixar livre a visão abaixo da copa, fazendo seleção dos galhos líderes e eliminando galhos laterais baixos.
Agora, se estiver sob fios de eletrificação, ou que se opte por uma planta de porte menor (como resedá), que dificilmente vai alcançar os fios de luz sem mesmo necessitar de podas; ou que se opte por uma poda do tipo V, deixando galhos crescerem para cada lado dos fios, como nesses álamos (Populus alba). Aliás, não plante álamos na calçada pois eles têm raízes superficiais muito fortes.

Pra essa sibipiruna (Caesalpinia peltophoroides), antes tarde do que nunca pra começar a poda em V. O coitado do ipê amarelo (Tabebuia alba) em frente não teve a mesma chance.

Enquanto isso, as últimas árvores de bela sombra e de grande porte (Ligustros) da avenida Júlio de Castilhos em Estrela são assassinadas pra construção de um prédio… Ê! E porque não plantar coqueirinho, a espelho da prefeita Carmem da vizinha Lajeado? Quando começarem a cair folhas e coquinhos na cabeça e nos carros dos ilustres cidadãos, já sabemos quem é que vai pro brejo de novo…