in an absolut world

Sou ciclista em Porto Alegre por opção. Poderia ter um carro, poderia andar pra lá e pra cá de ônibus, mas escolho a bike como meio de locomoção há muitos anos. E não há BMW que me force a mudar de hábito.
As vantagens: custo zero, sem congestionamento, não faço barulho nem emito poluentes, estacionamento em toda árvore, e contribuo para um trânsito melhor. Sinto a brisa. Exercita. E a chuva pelo corpo num dia de calor é mais refrescante que caipirinha gelada.
As desvantagens: chego suado em dias de calor, posso pegar uma chuvarada no caminho e, o pior, o risco de acidente, ainda mais numa cidade com tanto desrespeito ao ciclista como em Porto Alegre.
Absolutamente não tem ciclovias decentes em Porto Alegre. A rota dos Caminhos dos Parques foi desrespeitada e desativada (e era pra funcionar só um dia por semana, pode isso?). O corredor de ônibus da Carlos Gomes e de algumas outras avenidas vira exclusivo para bicicletas só aos domingos, mas isso não basta. Lá na beira do Guaíba tem uma ciclovia parcial, mas não serve em nada para o trânsito urbano da cidade; tá lá é pelo esporte mesmo.
Além de não ter ciclovias, a cidade quase não tem bicicletários nos seus prédios (já tentou ir pro Iguatemi e estacionar a bike por lá?), a as ruas são esburacadas demais.
Então tá, vamos deixar as cidades de primeiro mundo investir nesse transporte de incrível qualidade (como Copenhagen, Berlin, Madrid, Barcelona, Paris, Stockholm bla bla bla), e sonhar que façam aqui aquilo que fizeram em Bogotá, por exemplo. (Bogotá's Bike Paths Network segundo o tio Wiki) In an absolut world...


Foto em Barcelona (autorretrato: é assim a nova grafia?)

Nenhum comentário:

Postar um comentário