ceticismo

Sou um cético nato. Ver para crer. E não é diferente com o aquecimento global.
Quando estava no ensino médio, entrevistei o meteorologista e climatologista Eugênio Hackbart, que hoje trabalha com o instituto Metsul. Há tempos aprecio muito o trabalho desse homem, e acompanho avidamente seu esforço em mostrar aquilo que a mídia não sabe expressar.
O seu último post, que coloco aqui, resume muito bem minha opinião sobre o assunto. Em tempos de Hopenhagen e Climategate, quero mesmo é curtir o sol lá fora.


ciclistas em Copenhague


"Eu, O Cético
Seu nome é Jim Hansen. Cientista da NASA e consultor de Al Gore. Transformou-se numa das principais vozes no debate mundial sobre clima. Torce para que a COP15, a conferência do clima em Copenhague, seja um fracasso. Seu nome é John Coleman. Meteorologista na Califórnia e fundador do mundialmente conhecido Weather Channel (Canal do Tempo). Também torce para que a COP15 seja um fracasso. Hansen acredita que a Terra está caminhando para um enorme desastre climático devido ao aquecimento global. Coleman afirma que o aquecimento é uma fraude, um estelionato científico. O cientista da NASA crê que as medidas propostas em Copenhague serão inúteis diante da gravidade da situação e do descontrole na ação do homem sobre o clima. Coleman diz que o homem nada tem a ver com o que ocorre hoje no clima.
Jim Hansen é chamado de apocalíptico. Coleman de negacionista. O debate das mudanças climáticas acabou por criar estas denominações para aqueles que ousam, em maior ou menor grau, contestar as teses dominantes sobre a influência humana e o aquecimento do planeta. Eu não me considero integrante de nenhum dos dois campos. Nem apocalíptico. Tampouco negacionista. E torço para que Copenhague ofereça soluções para reduzir o desmatamento e a poluição.
É um fato científico que o planeta esquentou nos últimos 150 anos, período de instrumentação meteorológica. Parece-me um fato inquestionável que houve influência humana para este aquecimento, seja pelas chamadas ilhas de calor urbano (grandes cidades), desmatamento ou uso/manejo do solo. O que divirjo é da teoria que desejam transformar em senso comum que o aquecimento global foi quase totalmente provocado pelo homem, dando pouco relevo a causas naturais que julgo da mais alta importância como atividade solar e ciclos oceânicos. O que contesto é a tendência da mídia, alimentada por pesquisadores, em sensacionalizar o clima e ligar ao homem todo e qualquer desastre natural ou evento extremo que ocorra nos dias de hoje. O que me desagrada é o fato de tomarem como certos valores de elevação da temperatura do planeta nos últimos 150 anos, quando pairam acusações de fraudes sobre pesquisas e estão comprovadas deficiências gigantescas nas observações. O que me causa espanto é que a população está cada vez mais sendo doutrinada a acreditar que tudo que ocorre de ruim hoje no nosso clima é um fato novo, sem precedentes, inédito, ignorando-se por completo a história climática. O que me espanta é a incapacidade da imprensa de sustentar um debate sério sobre o tema, vendo-se hoje na mídia jornalistas que se transformaram em verdadeiros ativistas, seja a favor do negacionismo, seja em prol do catastrofismo.
Por essas e outras, com orgulho, declaro-me meramente um cético. (Coluna publicada no jornal ABC Domingo de 13 de dezembro de 2009)"
por Eugênio Hackbart

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